O céu está nublado. A natureza chora.
O seu pranto é a chuva implacável e fria,
Inundando a campina, ensombrando a aurora,
Arrancando sem dó casas em pleno dia.
O vento seu macabro amigo não ignora
Todo o mal que ele traz à gente que dormia
E acordava feliz, sabendo que, lá fora,
Vegetais e animais lhe davam garantia.
E a chuva contínua a cair sem parar...
Todos pensam ouvir em triste cantochão
Que o esplêndido sol nunca mais vai brilhar!
Em breve cessa a chuva. E como a gente esquece
Que ela nos trouxe a dor!... Pois tal qual a paixão
Desde quando se vai, tudo brilha e floresce!
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